Próximo do lançamento do quarto álbum, as entrevistas começam a aparecer. Traduzi duas. Caso vocês achem algum erro, por favor me avisem. Algumas coisas ficaram confusas para mim na hora da tradução, então foi no pé da letra mesmo. Uma é para uma revista francesa chamada ROCKMAG e outra é tipo um bate bola com Matt Bellamy, sobre sucesso, dinheiro e drogas para a revista Kerrang!. Bem interessante!!! Espero que gostem....
Discussão em Londres
Rumores falaram que iria ser 18 de maio, e vai ser em 3 de julho. Com Muse a ponto de lançar seu novo álbum, ROCKMAG encontrou o trio no seu estúdio em Londres e ouviu 6 canções novas.
Londres, 3 de março. Um taxi me deixou no lado oeste da cidade, perto do Earl's Court, ficava o Townhouse Studios onde Muse estava "acampado". No meio da mixagem, o grupo iria nos receber mostrando 6 canções novas. Mal sai do taxi e me sentei na sala de espera, recebi a informação: o álbum será lançado dia 3 de julho e o primeiro single, 19 de junho. A capa e o título do álbum serão escolhidos após a mixagem, mas algumas coisas ainda estão indefinídas. O que é certo, é que as canções exclusivas oferecidas a nós definirão o álbum.
A entrevista se compreenderá em três sessões de vinte minutos, com Chris Wolstenholme primeiro, depois Dominic Howard e finalmente Matthew Bellamy, que estava um pouco cansado depois que um bombeiro chegou no lugar às 04:00 para consertar uma torrente de água que estava inundando o restaurante no subsolo. Passada as experiências com Origin of Symmetry e com Absolution, ambos de sucesso, o grupo ganhou tempo para o quarto álbum. As vinheiras de Amongst Provençal (na França, local do estúdio das primeiras sessões) e morcegos lhes caçando no estúdio à noite, as sessões no Miraval lhes concedeu a chance de desenvolver as primeiras idéias. O trio terminou algumas coisas, beberam vinho e... hornets golpeados com raquetes do badminton (nem sei o que é isso). Depois de um mês, tiveram que mudar radicalmente de local, Dom explica, "No final, nossas conversas na mesa eram todas sobre o fim do mundo e o apocalípse, não era muito saudável". Muse se mudou para Nova York, na cidade do seu produtor Rich Costey.
"A música do meu pai, que eu não nunca tinha ouvido até o ano passado, me influênciou muito." - Matthew Bellamy
De Hendrix para Tornados
As locais de gravação no estúdio Avatar e no legendário Electric Lady, que o baterista destacou, "Nada foi movido desde a morte de Hendrix. Até as pinturas na paredes são as mesmas. Nós queríamos (pinturas de) blues, Strats e Marshalls.." Em Nova York, o trio experimentou, gravando em boas elevações, isolou a bateria em um canto estreito e mixou as guitarras com synths (acredito que seja sintetizadores). As letras, como sempre, foram escritas por Matt, inspirado por sua viajem para o reino de Butão antes das gravações, e também... pela músicas dos "anos 50", "Foi uma era de tensões mundiais, de medo nuclear e de guerra. Hoje, nós voltamos a sentir isso de novo, como se fosse o fim de um círculo. Tem havido uma ascensão de interreses no espaço. Esse tema, o canecção entre as tensões atuais e as do passado, podem ser ouvidas no álbum. A música do meu pai (nos ano 60, George Bellamy fazia parte do grupo The Tornados) que eu nunca tinha ouvido até o ano passado - antes disso, eu não achava legal - me influenciou muito." Vinte músicas foram gravadas, mas hoje, Chris não sabe qual estará no álbum, "Nosso problema é definitivamente as últimas três ou quatro (músicas). Você não pode colocar todas, 18 músicas em um álbum, é muito. É melhor limitar isso e por 10 ou 11 de nossa preferência, e finalmente decidindo de uma vez, é tudo mixado. Nós trabalharemos fora depois disso. Os grampos, por exemplo, que nós mais ou menos apertamos no passado. Não cabem realmente, nem com nossa música, nem os temas do album correspondente. Desta vez, nós gostaríamos realmente de fazer algo decente, que nós possamos olhar para trás depois e dizer para nós mesmos, "Yeh, esse é bom." Depois do lançamento, da turnê. Dos festivais - que um deles é o Eurockéennes na França - que foram anunciados, bem como a turnê na Europa no outono e uma data no Boldeva Eden Project, o salão o mais próximo a Teignmouth, respondendo a um pedido do governo local em Janeiro. Com Matt dizendo suas últimas compras de CD's (Depeche Mode, Lightning Bolt e Arctic Monkeys) o alarme de fogo inunda de repente nossas orelhas. Nós evacuamos o estúdio outros caras. "É os caras do Take That que também está gravando aqui," disse Matt para mim com um ar de "eu não acredito que estou vendo uma celebridade".
A verdadeiro fim da entrevista segue com um alarme falso, eu me achei de novo em um salão, esperando por um taxi. Nosso fotógrafo chegou para a sessão da manhã (ele, também, foi interrompida por outro alarme), Dominic voltou do kebab shop. No corredor, nós ouvimos a sétima música sendo mixada, um falsette do Bellamy cantando em um piano, acompanhado de uns violinos épicos. Meu taxi chegou, e eu deixei o estúdio certo de que nós ainda não alcançamos o fim de surpresas.
A Prévia!
Primeiramente, igualmente grandioso, trabalhado e experimental que o Absolution, o novo álbum está mais impressivo que os anteriores; ROCKMAG ouviu seis faixas conversando com o trio:
Hex (4:47)
Chris Wolstenholme, "Hex poderá ser a faixa de abertura, vamos ver depois. Nós escrevemos ela no final das sessões do Absolution, e o som é similar (as canções do Absolution). Evoluiu muito desde então, mas é o mesmo do princípio permaneceu o mesmo: uma mudança dos acordes periódicos que estão a beira de explodir. Sua estrutura é matemática, a idéia principal seria uma fórmula nem com refrão nem com verso. Dom's nunca tocou desse jeito, com muito ritmo de jazz, algumas parte mais lentas, seguido de mais caoticas batidas integrando tudo."
A Soldier’s Poem (2:12)
Dominic Howard, "Esta é sobre um soldado na prisão, que se sente abandonado pelo país o qual faz parte. Nós não sabiámos como tocá-la e, finalmente, nós a fizemos como um melodramático estilo jazz. É grande e pequeno ao mesmo tempo. Nós ficamos surpresos em ver que você pode tocar jazz e fazer um som muito bom. Provavelmente manteramos ela, porque nós teremos um grande momento com ela."
Supermassive Black Hole (3:32)
Matthew Bellamy. "É a mais diferente de tudo que já fizemos. Nós tivemos algumas influências belgas: Millionaire, dEUS, Evil Superstars, Soulwax… Esses grupos foram os primeiros a mistruras ritmos R&B com guitarra alternativa. Nós acrescentamos um pouco de Prince e Kanye West. A batida não é rock, com riffs de Rage Against The Machine por baixo. Nós misturamos muitas coisas nessa faixa, com um pouco de eletrônica; é diferente, calma, engraçada..."
Starlight (3:59)
Chris Wolstenholme, "Starlight foi escrita em estúdio no final de 2004. Foi uma idéia simples, detendo para uma improviso de piano. Nós queremos manté-la o mais simples possível, e isso é muito difícil de fazer. Starlight tem que ser espontânea, desencadeando energia, isso é difícil de capturar. Foi influênciada por The Strokes, com drumbeat e linhas básicas de baixo. A estrutura é simples, e a melodia é pegajosa. Há um elemento pop em uma das faixas dos nossos álbuns, um pouco simples, muito melódica, como Time Is Running Out no Absolution. Hoje, Starlight é esta."
Invincible (5:20)
Matthew Bellamy, "Eu a escrevi na área do Great Lakes. Havia neve em todo o lugar, nós estávamos no meio de uma cidade pequena em Twin Peaks. Nós tínhamos alugado um barco para ir pescar, o tempo estava horrível e nós estávamos todos doentes. Uma vez no nosso patético motel, sem TV ou qualquer coisa, e eu escrevi o começo da canção. Eu não sei se veio do barco, do tempo ou enjôo do mar, mas era muito otimista. Nós a gravamos no Miraval, numa raiva total: nós estávamos irritados que nós não tínhamos sucedido (na gravação) de Hex, e Invincible veio toda disso. A gravação é quase todo ao vivo. De fato, a energia do título é verdadeira: a performace de cada um representa a letra."
Knights of Cydonia (5:50)
Dominic Howard, "Matt estava nos fundos do ônibus no Arizona, repetindo o "jerky riff" da morte, lá fora nós viámos o deserto... tudo estava indo muito bem junto. Cavalos galopando, Texas, trompetes... Nós queríamos descrever a viajem, fazer um som como Joe Meek. Nós achamos o título recentemente. Cydonia é o nome de um local em Marte onde você pode ver a face do planeta."
* Então, foi confirmada as datas:
- do álbum: 09 de julho;
- e do primeiro single: 19 de junho.
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Meus pais se separam quando eu tinha 13
- A coisa que me chocou de um jeito que eu não não senti nada. Eu não consegui me sentir para baixo. Eu tentei, mas não consegui. Eu achei um pouco de disturbio comigo mesmo. Talvez tocar fosse o jeito de lidar com isso.
Eu sou um milionário?
- Não, não completamente. Mas é isso que as pessoas costuman pensar. A maioria do dinheiro que ganhamos, nós guardamos para pagar para fazer mais turnês. E o website que custa para nós uma "fucking" fortuna todo mês. Mas nós temos uma escritório em Londres, com umas pessoas trabalhando para nós. É para onde nosso dinheiro vai.
Muse é meu legado
- Ser um ateísta significa que você tem que realizar isso quando você morrer, isso é o que realmente é. Você tem que fazer o máximo que puder aqui e expandir o máximo que você puder. Eu acredito que você vive somente com a influência que você espalha, quer seja ter uma criança ou fazer música.
Eu tive problemas com stalkers*
- Eu tive que mudar meu número de celular e endereço de e-mail porque eu estava recebendo uma quantidade séria de material, pessoas me escrevendo dizendo que iam se matar se não eu não transasse com eles. Eu não consigo pensar em uma coisa mais não atrativa do que querer fazer sexo por causa de quem você é.
* acredito que stalkers seja fanáticos
Eu não mexo com cocaína ou heroína
- Eu já vi o que essas drogas fazem com as pessoas. Me mudei com um traficante quando eu tinha 18. Nosso apartamente parecia uma cena do filme Trainspotting, Pós e espelhos e latinhas em todo lugar. O efeito que aqueles dias tiveram em mim é que eu não uso esses tipos das drogas.
Há passagens da minha vida que eu não consigo me lembrar
- Tudo que foi da minha vida até quando eu tinha uns 20 foi embora. Eu me esqueci quem eu era antes disso. Então eu estou tentando ter coisas para recordar da minha vida, com exceção de excursionar e de fazer albums.
Tomar cogumelos mágicos é escavar dentro do seu subconciente
- Experimentar algo que não está sempre em oferta. Eu não estou preocupado de ver algo horrível. É uma maneira de conectar com você mesmo de uma maneira que você não possa normalmente fazer.
Eu sempre estive decepcionado com a rock inglês
- Eu ainda estou procurando algo novo, algo realmente especial nesse país. No momento eu estou meio que perdido no mundo dos MP3, baixando todas as merdas que aparecem. Me admira se as bandas irão se incomodar lançando albuns em 10 anos.
As pessoas amam ou odeiam Muse
- Eu penso que só significa que nós somos diferentes. Ofendendo as pessoas é melhor que não ter reação nenhuma. Eu penso que nós exercitamos a liberdade musical mais do que qualquer outra banda no momento. Há uma falta de vergonha no que nós fazemos, e isso provalmente é o que ofende as pessoas.
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Chris Wolstenholme deu uma pequena entrevista no Zane Lowe programa da Radio 1 da BBC. Uma conversa rápida sobre novo álbum, somente repetindo o que eles vem falando. Nessa ele fala que o álbum terá 11 canções.
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# E como já relatei aqui, o Muse vai ser headliner no Carling Weekend Festival:
Em 2002 a banda tocou nesse festival......
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# Um presentinho para vocês que gostam dessa banda tanto quanto eu. Os dois primeiros E.P. lançandos pela banda. O primeiro entitulado "Muse EP" é de 1998 e vem com 4 canções; e o segundo é de 1999 e se chama "Muscle Museum EP" e vem com 6 músicas. Vale a pena baixar, algumas canções tem versões diferentes, como Overdue, que é mais longa.
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# Esse video eu tenho já um tempo. É uma apresentação da banda na época do primeiro álbum, em um programa francês. A banda quebra tudo, bem legal!!
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# Alguém me pediu para subir de novo "Microduts" ao vivo em Zenith e está aí no Turboupload. No Rapidshare não funcionou porque o site bloqueou a parada.
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Albuns que a internet....
Estão rodando alguns links por aí.
# Pearl Jam novo, sem título e capa definida. A qualidade não tá 100% mas para quem quer ter um preview está bom.
# "Waterloo To Anywhere", novo do Dirty Pretty Things. Ouvi ele um pouco só e parece bem coeso.
# O EP do Arctic Monkeys, que lança a pergunta "Who The Fuck Are Arctic Monkeys"??. A música "The View From The Afternoon" é o novo single promo da banda.
# E por último, o álbum de estréia do People In Planes, banda que anda muito comentada. O primeiro video da banda é dirigido pelo ator hollywoodiano Joaquim Phoenix, de Gladiador, 60 Segundo e Sinais. Caso consiga ele, posto aqui. A som da banda é bom galera.
Obs: Esses links não são de minha autoria. Achei todos em suas respectivas comunidades do Orkut. Obrigado a quem conseguiu!! Em especial ao Rubens pelo do Pearl Jam.
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Últimas....
# No post abaixo ficou faltando a faixa 9 do álbum do Raconteus.
* Call It A Day.mp3
# Está todo mundo está falando que gosta do Arctic Monkeys e tudo, concordo, a banda é boa, melhor que muita coisa por aí. Mas, por favor, cuidado com comparações....tenho ouvido e visto cada coisa por aí......
# Visitem o One Died Simply. O blog é de um brasileiro mas é em inglês. Quem gosta do ótimo José Gonzalez é uma boa.
# Próximo post deve ter alguns sons novos, Be Your Own Pet, Stellastarr* e Editors.......
# COMENTEM!!!!